Qualidade daquilo que não se é
Não sei mais o que fazer, já tentei de tudo quanto é maneira, porém, se há algo que ainda não fiz, talvez devesse fazer, porém, o medo de fugir da zona de conforto e ai tentar novamente me impede de sair do sofá.
Já sei que tem opções a testar, já sei que devo fazer X e não Y, já sei, já sei, já sei... Acho que é arrogância de minha parte pensar que já sei, se tem tanto pra não saber, como posso ter certeza de que sei alguma coisa? Mesmo que soubesse, ainda assim não acharia que já sei tudo que se deve saber porque, ainda tem aquilo que não é pra explorar. Aquilo que é, já é e nada mais pode ser, porém, o que não é, ainda estar por vir a ser e nisso ainda há muito o que se saber, sendo que não tem fim, nessa longa estrada do desconhecido.
Talvez eu possa ser o que eu deseje ser, mas com tanto querer, não sei se posso ser o que quero. Já pensei diversas vezes e a conclusão é: só sei que nada sei, mesmo que soubesse de algo, ninguém me contou merda nenhuma, se ninguém me contou, como que caralhos eu aqui irei saber o que sei? Eu sei, mas sei que nada sei!
Talvez aqueles que pensam saber soubessem o que não sei, mas vendo aqui alguns, nem eles mesmos sabem. Talvez quem pudesse saber já esteja morto e guarda pra si mesmo aquilo que só ele sabe. O que é novidade neste texto é que a morte em si não passa de crença, talvez uma das piores, mas quem há de saber que é uma das piores se o fela nada sabe? Pensa que sabe, mas a verdade é que nada sabe, por isso, acha que soube o que ninguém sabia e mesmo que soubesse, nada diria por pura arrogância e prazer ao nada.
Devem estar querendo que eu morra ignorante, só pode ser isso. Discutir consigo mesmo aquilo que se pensa saber talvez fosse uma saída, será que é ai onde se encontra aquilo que há de se saber porque pensa que se sabe mas não acessou isso em sua alma, em seu ser? Veremos isso num próximo episódio.
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