Eu penso mas não existo!

Considere o seguinte:

-na matemática, infinito + infinito dá o próprio infinito.

Ou seja, tudo que está dentro do infinito só pode formar a si mesmo, o próprio infinito.

Agora, considere a visão materialista de que a consciencia é limitada a matéria:

pergunta: se sou feito de átomos, átomos são parte da realidade e a realidade é a existência, então, por definição, sou infinito?

É só considerar o que foi dito ali do infinito + infinito = infinito.

Se a realidade é infinita, então só existe uma única realidade.

O que vc chama de eu, não passa apenas da limitação da realidade dentro dela mesmo.

Por exemplo:

-veja a imagem abaixo.

[aqui tem uma imagem, pode clicar]

Pergunta: vc consegue ver que bicho está dentro dela?

A resposta é: todos os bichos estão dentro dela, porém, não estão manifestados.

Agora, veja a imagem a seguir:

Qual bicho está ai?

R: um gato, dã!

Óbvio, senhor xeroque holmes.

Agora, o que é um gato se não uma manifestação limitada do próprio infinito?

Digo, pegue o delicioso número 69, o que ele é?

Ora, um número, vc pode dizer.

Mas eu não estou falando disso, em essência, 69 é apenas uma manifestação limitada, uma expressão do infinito.

69 está dentro do infinito mas não o é por inteiro.

Vamos de novo pra pegar a ideia:

=>infinito + infinito = infinito, pois não existe outro infinito.

=>69 é a manifestação limitada do infinito dentro de si mesmo.

=>Por tanto, 69 é o próprio infinito.

Por que isso?

Porque veja, 69, pode ser representado de forma infinita como 69.0000... seguido de infinitos zeros decimais.

Ou seja, é imposível representar 69 de forma completa em computador. Mas sua irmã faz um gostoso 69!

Agora, voltemos ao caso da consciência:

-se somos apenas matéria, segundo materialistas, então, desapareceremos

Isso é falso, dado que pelo que falei ali em cima do 69 ser expressão do próprio infinito.

Por que desapareceríamos se somos o próprio infinito?

Que explicação lógica pro desaparecimento total de alguém?

Seja com a morte, seja com qualquer outra coisa, vai sumir como se matematicamente estamos dentro do infinito?

infinito + infinito = infinito

69 + 69 = alegria em dobro, surubisticamente falando.

Sendo que somos expressão do infinito (limitada a matéria) mas essencialmente somos o próprio infinito, será que haveria algo a temer que não fosse eu próprio?

Vou ter medo de mim mesmo que sou o próprio infinito?

"ai, mas o capeta vai te pegar"

Minha querida, o capeta não pode pegar a si mesmo!

"ai, mas eu não concordo mesmo não entendendo nada"

E quem disse que vc não entendeu? Vc sou eu, pois infinito + infinito = infinito.

É nessas horas que fico pensando na solidão infinita:

-se só existe eu dentro e fora de mim mesmo, que necessidades há em mim?

-se só há eu, como vou me sentir completo se só eu sou completo por definição?

-como posso me conhecer se sou o próprio todo?

Dentro de mim há um alguém na multidão que sente grande solidão de ser único.

Queria ter chorado mais, abraçado mais, ter visto o sol (eu!) nascer.

Eu que já andei por tantos caminhos procurando, foi justamente no espelho que ele (eu) me encontrou.

Quem não tem medo de si mesmo que atire a primeira parte de si mesmo.

Oh infinito/eu, vê se não esquece, preciso de mim mesmo aqui.

Dez mil cairão a teu lado, mas tu continuará no chão porque quem caiu foi eu.

Ainda que eu andasse nos vales dos desconhecidos, ainda assim eu me encontraria lá.

Andar perdido, é andar por si mesmo encontrando outro vc que na verdade sou eu.

Mesmo que houvessem dois eu, ainda assim esses dois sou eu.

Eu mais eu menos eu só tem eu como resultado.

Se eu me esconder de mim, será que eu me acho?

Se eu me achar, será que me encontro?

Se eu encontro comigo mesmo, será que posso me esconder de mim depois?

Depois de mim, sou eu, e logo depois sou eu de novo!

só pra decorar esse post!